quarta-feira, 29 de maio de 2013

Dicas 5 MÉDIO - 1º ano - Civilização Árabe



A CIVILIZAÇÃO ÁRABE
Durante vários séculos, os árabes mantiveram-se dispersos, sem unificação política. Contudo, no século VIII, em função de uma reforma religiosa promovida por Maomé, constituíram um único Estado, que se expandiu e formou um grande império. A religião criada no século VII por Maomé – o islamismo - proporcionou a unificação da Arábia. Pela importância da religião para a identidade do povo árabe, costuma-se dividir a história da Arábia em das grandes fases: Arábia pré-islâmica e Arábia islâmica.

ARÁBIA PRÉ-ISLÂMICA - O povo árabe habitava a península Arábica, situada entre o golfo Pérsico e o Mar Vermelho. Os que viviam próximos ao litoral eram sedentários e se dedicavam ao cultivo e ao comércio de seus produtos: cereais, incenso, especiarias e essências. O deserto era habitado por tribos dos chamados beduínos, chefiadas pelos xeques. Viviam em função dos oásis. Eram pastores nômades e dedicavam-se ao comércio. Em ambas as regiões, os árabes não tinham união política, as tribos eram organizadas a partir de famílias patriarcais (os clãs), responsáveis pela administração local. Apesar da descentralização política, esses grupos tinham elementos culturais comuns, como o idioma árabe e a religião. Contudo, existia um elemento religioso comum, a Caaba (casa de Deus), um templo em forma cúbica, na cidade de Meca.
ARÁBIA ISLÂMICA - Maomé, o profeta do islamismo, nasceu de uma família que pertencia a tribo coraixita. Entrou em contato com judeus e cristãos, povos de fé monoteísta que muito o influenciaram, daí o islamismo apresentar um forte sincretismo. Maomé teria recebido as revelações do anjo Gabriel, anunciando a existência de um único Deus, Alá. Por colocar em risco o poder dos coraixitas, Maomé foi perseguido e abandonou Meca, fugindo para a cidade de Yatreb, em 622, acompanhado de seus seguidores. Esse fato, que marcou o início do calendário muçulmano, ficou conhecido como Hégira (fuga). Quando Maomé faleceu, deixou sua crença difundida, dando caráter centralizador aos aglomerados de tribos da região, pois a unificação religiosa trouxe consigo a unificação política. A palavra árabe islã significa “resignação” ou “inteira submissão à vontade de Deus”.

Os seguidores de Maomé, após a sua morte, reuniram seus ensinamentos no Corão ou Alcorão (a leitura), livro sagrado do islamismo que serve como um código de justiça, de moral e de normas sociais. A rápida expansão árabe fechou o Mediterrâneo ao comércio europeu e colaborou para a formação do sistema feudal, pois estimulava a ruralização da população europeia. Os árabes tentaram invadir o Reino Franco no século VII, mas foram derrotados pelas tropas de Carlos Martel, na batalha de Poitiers.
Legado - Inúmeras inovações científicas no campo da Matemática, da Astronomia e da Química foram levadas ao Ocidente através dos árabes, tais como álgebra e trigonometria, observatórios e álcool, respectivamente. Também podemos citar técnicas de irrigação e de moinhos, além do plantio de laranjas, cana-de-açúcar, arroz, amora, limão, etc. Não podemos deixar de citar também a literatura e a arquitetura árabes.

OS REINOS BÁRBAROS
Dentre os povos bárbaros, os germanos foram os que mais contribuíram para a desintegração do Império Romano do ocidente e para a formação do Feudalismo. Os guerreiros juravam lealdade a seu chefe. Esse juramento, chamado de “comitatus”, foi um dos elementos da organização política do sistema feudal, o sistema de suserania e vassalagem.
A penetração desses povos no Império Romano deu-se, inicialmente, de forma pacífica, na chamada fase das migrações. A partir do século V, pressionados pelos hunos (bárbaros mongóis), começa a fase das invasões.
Com o fim do Império Romano do Ocidente, os povos germânicos espalharam-se por diversas regiões do antigo Império e fundaram vários reinos. A principal característica dos novos reinos foi a mistura de elementos germânicos com elementos da cultura romana. O cristianismo foi incorporado aos novos Reinos europeus. Esses Reinos foram, de certa forma, a origem da maioria das atuais nações europeias. De todos os Reinos Bárbaros surgidos na Europa, o Reino Franco, estabelecido no norte da Itália e região da Gália (atual território da França), foi o único duradouro, transformando-se num grande império.
           
REINO FRANCO
Dinastia Merovíngia -> fundador CLÓVIS que se converteu ao cristianismo ganhando apoio da Igreja como de boa parte da população. Seus descendentes começaram a distribuir terras do reino entre elementos da nobreza e da Igreja, em troca de serviços prestados, o que enfraqueceu o poder central dos monarcas -> REIS INDOLENTES -> provocou o fortalecimento político dos PREFEITOS ou MORDOMOS DO PALÁCIO (uma espécie de 1º ministro).
Dinastia Carolíngia -> fundador PEPINO, o Breve (mordomo do palácio), que depôs o último imperador merovíngio. Derrotou os lombardos na Itália e cedeu o território do centro da Itália para a Igreja -> criação dos Estados Pontifícios, sede oficial da Igreja. CARLOS MAGNO -> expandiu o Reino Franco e fundou o Império Carolíngio -> parte das terras eram doadas a membros da aristocracia, criando vínculos de dependência e lealdade com o poder central. Elaborou as LEIS CAPITULARES, consideradas as primeiras leis escritas da Idade Média Ocidental.

Renascimento carolíngio -> Carlos Magno foi um grande incentivador da cultura em seu Império. Esse processo de desenvolvimento cultural, que procurava difundir a cultura cristã ocidental e atrair diversos sábios para a região, ficou conhecido como Renascimento Carolíngio. Após a morte de Carlos Magno (814), houve uma grande disputa pela sua herança político-administrativa. O Império acabou dividido entre seus filhos. Esses territórios voltaram a ser divididos entre filhos e filhos e netos desses reis, de maneira que, em menos de um século, o Império estava todo fracionado em pequenos reinos, enfraquecendo o poder real e fortalecendo a nobreza rural. Essa descentralização política, aliada às novas invasões bárbaras dos séculos IX e X, contribuíram para a formação do Feudalismo.


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