CIVILIZAÇÃO GREGA -> o relevo
montanhoso da Grécia, cuja civilização desenvolveu-se na Península Balcânica,
dificultava a comunicação interna, prejudicando a unidade política. Por este
motivo, organizaram-se em cidades-estado (pólis) independentes umas das outras.
Porém, a língua, a religião e os jogos olímpicos estão entre os fatores que
uniram as diversas cidades gregas.
A história da Grécia costuma ser dividida em
quatro períodos:
PERÍODO HOMÉRICO -> diferentes povos formam a Grécia – foi nesse período que os aqueus, jônios, eólios e dórios chegaram à Grécia e lá se fixaram. Esses povos eram semi-nômades e organizavam-se socialmente em clãs, conhecidos como genos, chefiado pelo membro mais velho, o pater, com autoridade militar, religiosa e política. Nos genos predominava a vida comunitária e os laços de família e de solidariedade uniam as pessoas.
PERÍODO HOMÉRICO -> diferentes povos formam a Grécia – foi nesse período que os aqueus, jônios, eólios e dórios chegaram à Grécia e lá se fixaram. Esses povos eram semi-nômades e organizavam-se socialmente em clãs, conhecidos como genos, chefiado pelo membro mais velho, o pater, com autoridade militar, religiosa e política. Nos genos predominava a vida comunitária e os laços de família e de solidariedade uniam as pessoas.
Desintegração das comunidades
baseadas no genos -> aconteceu por volta do século VIII a.C. porque
o crescimento populacional foi maior que o da produção e começaram a faltar
alimentos e as terras para o cultivo também eram poucas para tantas pessoas.
Assim, teve início a organização social da polis.
Expansão territorial -> ocorreu devido a necessidade de terras
férteis por causa do aumento populacional ocorrido na época, a situação de
miséria dos camponeses e da procura de novos mercados comerciais. As colônias
eram autônomas e politicamente independentes, apesar de manterem vínculos com
suas cidades de origem. Consequências: expansão da agricultura, da
pecuária e do artesanato; desenvolvimento comercial, como resultado da abertura
de novas rotas; fundação de importantes cidades e a difusão da cultura grega.
PERÍODO
ARCAICO -> o desenvolvimento das cidades-estado – nessa nova organização, a
antiga divisão das pessoas por laços de parentesco foi substituída pela divisão
em classes sociais. As cidades-estado gregas eram independentes, e cada uma
tinha um governo próprio. As principais foram Atenas (cidade democrática e
escravista) e Esparta (cidade militarista e oligárquica). Houve o
enriquecimento da aristocracia e a desigualdade social acentuou-se.
PERÍODO
CLÁSSICO -> o esplendor de Atenas – foi uma época de grande desenvolvimento
econômico e esplendor cultural. Porém, também foi marcado por guerras: Guerras Médicas ou greco-pérsicas, quando
as cidades gregas uniram-se para enfrentar o ataque dos persas; e a Guerra do Peloponeso, guerra civil
travada entre as cidades gregas lideradas por Esparta e Atenas, que disputavam
a hegemonia do mundo grego.
PERÍODO
HELENÍSTICO -> o Império de Alexandre – depois da Guerra do Peloponeso, que
envolveu várias cidades-estado, outros conflitos tomaram conta da região,
provocando o enfraquecimento da maioria das polis gregas e facilitando a
invasão da Grécia por Filipe, rei da Macedônia. Após sua morte, seu filho
Alexandre Magno assumiu o governo, concluiu a dominação e estendeu seu império
até a Índia. Da fusão da cultura grega com a de outros povos do oriente, surgiu
a cultura Helenística.
Seu
maior legado para o mundo ocidental foi a democracia, os jogos olímpicos, além
do teatro e a filosofia.
CIVILIZAÇÃO
ROMANA -> Roma
localiza-se na Península Itálica e, junto com os gregos, foram o povo antigo
que mais influenciou o mundo ocidental contemporâneo. A trajetória política de
Roma pode ser dividida em três grandes períodos:
MONARQUIA (753 – 509 a.C.) – o domínio etrusco
– período da história de Roma de onde emanam numerosas lendas porém, existem
provas sólidas da existência de uma antiga monarquia, do crescimento de Roma,
suas lutas contra povos vizinhos e do estabelecimento de uma dinastia de príncipes
etruscos. Nessa época, a sociedade romana estava dividida em três classes
sociais: patrícios ou nobres – descendentes das famílias que promoveram
a ocupação inicial de Roma, grandes proprietários de terras e gado; plebeus
– pequenos agricultores, comerciantes, pastores e artesãos, constituíam a
maioria da população e não possuíam direitos políticos; escravos:
plebeus endividados e, principalmente, prisioneiros de guerra. A monarquia
terminou com a deposição do último rei etrusco por um golpe articulado pelos
patrícios.
REPÚBLICA
(510 – 27 a.C.)
– República é uma palavra de origem latina que significa “coisa pública”.
Porém, a República em Roma não era para todos pois somente os patrícios
detinham o poder e controlavam as instituições políticas, exercendo o governo
em benefício próprio. Para os plebeus restavam apenas os deveres como pagar
impostos e servir o exército.
O governo era partilhado por dois cônsules, auxiliados pelo Senado e pela Assembleia dos cidadãos, todos dominados pelos patrícios. As
diferenças entre patrícios e plebeus aumentaram e houve lutas que duraram quase
dois séculos, ao longo dos quais os plebeus foram conquistando alguns direitos,
entre os quais o direito de eleger seus próprios representantes, os tribunos da plebe, que tinham o poder
de vetar as decisões do Senado que fossem prejudiciais aos interesses dos
plebeus.
Foi também um período de grande expansão
territorial. Na sua expansão territorial, defrontaram-se com os interesses da
cidade de Cartago, grande potência marítima, comercial e militar, que dominava
todo o Mediterrâneo Ocidental. Os conflitos terminaram em um longo período de
guerras conhecidas como Guerras Púnicas, que acabaram estabelecendo a
supremacia romana no Mar Mediterrâneo. As sucessivas conquistas militares
provocaram grandes transformações sociais, políticas, econômicas, políticas e
culturais em Roma. Essas
transformações acabaram desencadeando uma série de conflitos sociais
principalmente devido à concentração, cada vez maior, de terras nas mãos dos
patrícios.
Além dos conflitos sociais, colaboraram para
a transição da República para o Império o enfraquecimento das instituições
republicanas e o fortalecimento de líderes militares que ganharam popularidade
com as vitórias nas guerras de conquista. Assim, diversos generais romanos
sucederam-se no poder até a implantação definitiva do Império no que se chamou Triunvirato. Houve dois triunviratos. O
primeiro foi formado por Pompeu, Crasso e Julio César e o segundo, por Marco
Antônio, Otávio e Lépido. Otávio afastou Lépido, venceu Marco Antônio e
concentrou em suas mãos todo o poder.
IMPÉRIO
(27a.C. – 476d.C.) - esse período
compreendeu dois momentos: ALTO IMPÉRIO, período em que Roma alcançou grande
esplendor e BAIXO IMPÉRIO, fase marcada por crises que conduziram à fragmentação
do Império Romano.
No primeiro momento, Otávio (que recebeu o título
de Augusto) reorganizou o território, acabando com a corrupção e a extorsão que
haviam caracterizado a administração do período anterior. Verificou-se, então,
certa prosperidade econômica e tranquilidade social que ficou conhecido como Paz Romana. Durante seu governo, nasceu
Jesus Cristo (passamos a ter então o ano I da Era Cristã). De seus governo aos
dois séculos que se seguiram, o Império Romano, por meio de conquistas
militares, ampliou ainda mais seu território.
O segundo momento foi marcado por crises em
diferentes setores da vida romana, que contribuíram para pôr fim ao grande
império. Uma das principais crises estava relacionada à produção agrícola, cuja
principal mão de obra era a escrava. Ao mesmo tempo, um grande número de
pessoas começou a deixar as cidades em direção ao campo, provocando a
diminuição do comércio e da produção artesanal. Arrecadando menos impostos por
causa da diminuição das atividades produtivas, o governo romano começou a
enfraquecer e as enormes fronteiras já não tinham como ser vigiadas contra a
invasão de povos inimigos.
A
divisão do Império – em
395, o imperador Teodósio dividiu o Império em duas partes: Império Romano do
Ocidente, com capital em Roma e Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla. Ele
acreditava que assim seria mais fácil proteger as fronteiras contra os ataques
dos bárbaros (todos aqueles povos
que moravam fora das fronteiras do Império com costumes diferentes e língua não
latina). Tal medida não produziu o efeito desejado, pois diversos povos
passaram a ocupar o território romano, no lado ocidental. O último imperador
romano foi deposto no ano de 476. Outras circunstâncias também foram
determinantes para o fim do Império Romano do Ocidente, tais como: elevados
gastos com a estrutura administrativa e militar, aumento dos impostos dos
cidadãos e tributos dos vencidos, corrupção política, difusão do cristianismo,
entre outras.
Os romanos destacaram-se nas táticas e nas estratégias
militares; foram criativos na administração pública. Porém, sua maior
contribuição para o mundo ocidental contemporâneo foi o Direito e o latim, que
é a base de várias línguas europeias, inclusive do português.
IMPÉRIO ROMANO DO ORIENTE OU
IMPÉRIO BIZANTINO – surgiu
da divisão proposta pelo imperador Teodósio, em 395. A sede do Império era a
cidade de Constantinopla (antiga Bizâncio), que desempenhou papel de ponte de
ligação entre a Europa e a Ásia.
Um dos maiores imperadores bizantinos foi Justiniano, que realizou importante
obra administrativa, revisou o antigo direito romano, o que deu origem ao
Código de Justiniano (extensa obra constituída de leis, decretos, normas e
códigos, que serviu de base para a legislação de muitos países ocidentais). Justiniano
e seus sucessores utilizaram a religião para firmar a unidade política e
religiosa do Império. Essa união de poderes (estatal e religioso) chamou-se Cesaropapismo, ou seja, o comando
simultâneo do Estado e da Igreja pelo imperador. Essa situação gerou uma série
de conflitos entre o imperador e o papa do Oriente originando, em 1054, no
Grande Cisma do Oriente quando o mundo cristão dividiu-se em duas grandes
Igrejas: Igreja Católica do Oriente ou Igreja Ortodoxa e Igreja católica do Ocidente,
com sede em Roma.
A tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos
em 1453, marcou o fim do Império Bizantino e também da Idade Média.
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