quarta-feira, 29 de maio de 2013

Dicas 4 provão MÉDIO - 1º ano - CIVILIZAÇÕES GREGA E ROMANA



CIVILIZAÇÃO GREGA -> o relevo montanhoso da Grécia, cuja civilização desenvolveu-se na Península Balcânica, dificultava a comunicação interna, prejudicando a unidade política. Por este motivo, organizaram-se em cidades-estado (pólis) independentes umas das outras. Porém, a língua, a religião e os jogos olímpicos estão entre os fatores que uniram as diversas cidades gregas.
A história da Grécia costuma ser dividida em quatro períodos:   
PERÍODO HOMÉRICO -> diferentes povos formam a Grécia – foi nesse período que os aqueus, jônios, eólios e dórios chegaram à Grécia e lá se fixaram. Esses povos eram semi-nômades e organizavam-se socialmente em clãs, conhecidos como genos, chefiado pelo membro mais velho, o pater, com autoridade militar, religiosa e política. Nos genos predominava a vida comunitária e os laços de família e de solidariedade uniam as pessoas.
Desintegração das comunidades baseadas no genos ->  aconteceu por volta do século VIII a.C. porque o crescimento populacional foi maior que o da produção e começaram a faltar alimentos e as terras para o cultivo também eram poucas para tantas pessoas. Assim, teve início a organização social da polis.
Expansão territorial -> ocorreu devido a necessidade de terras férteis por causa do aumento populacional ocorrido na época, a situação de miséria dos camponeses e da procura de novos mercados comerciais. As colônias eram autônomas e politicamente independentes, apesar de manterem vínculos com suas cidades de origem. Consequências: expansão da agricultura, da pecuária e do artesanato; desenvolvimento comercial, como resultado da abertura de novas rotas; fundação de importantes cidades e a difusão da cultura grega.
PERÍODO ARCAICO -> o desenvolvimento das cidades-estado – nessa nova organização, a antiga divisão das pessoas por laços de parentesco foi substituída pela divisão em classes sociais. As cidades-estado gregas eram independentes, e cada uma tinha um governo próprio. As principais foram Atenas (cidade democrática e escravista) e Esparta (cidade militarista e oligárquica). Houve o enriquecimento da aristocracia e a desigualdade social acentuou-se.
PERÍODO CLÁSSICO -> o esplendor de Atenas – foi uma época de grande desenvolvimento econômico e esplendor cultural. Porém, também foi marcado por guerras: Guerras Médicas ou greco-pérsicas, quando as cidades gregas uniram-se para enfrentar o ataque dos persas; e a Guerra do Peloponeso, guerra civil travada entre as cidades gregas lideradas por Esparta e Atenas, que disputavam a hegemonia do mundo grego.
PERÍODO HELENÍSTICO -> o Império de Alexandre – depois da Guerra do Peloponeso, que envolveu várias cidades-estado, outros conflitos tomaram conta da região, provocando o enfraquecimento da maioria das polis gregas e facilitando a invasão da Grécia por Filipe, rei da Macedônia. Após sua morte, seu filho Alexandre Magno assumiu o governo, concluiu a dominação e estendeu seu império até a Índia. Da fusão da cultura grega com a de outros povos do oriente, surgiu a cultura Helenística.
Seu maior legado para o mundo ocidental foi a democracia, os jogos olímpicos, além do teatro e a filosofia.


CIVILIZAÇÃO ROMANA -> Roma localiza-se na Península Itálica e, junto com os gregos, foram o povo antigo que mais influenciou o mundo ocidental contemporâneo. A trajetória política de Roma pode ser dividida em três grandes períodos:
MONARQUIA (753 – 509 a.C.) – o domínio etrusco – período da história de Roma de onde emanam numerosas lendas porém, existem provas sólidas da existência de uma antiga monarquia, do crescimento de Roma, suas lutas contra povos vizinhos e do estabelecimento de uma dinastia de príncipes etruscos. Nessa época, a sociedade romana estava dividida em três classes sociais: patrícios ou nobres – descendentes das famílias que promoveram a ocupação inicial de Roma, grandes proprietários de terras e gado; plebeus – pequenos agricultores, comerciantes, pastores e artesãos, constituíam a maioria da população e não possuíam direitos políticos; escravos: plebeus endividados e, principalmente, prisioneiros de guerra. A monarquia terminou com a deposição do último rei etrusco por um golpe articulado pelos patrícios.
REPÚBLICA (510 – 27 a.C.) – República é uma palavra de origem latina que significa “coisa pública”. Porém, a República em Roma não era para todos pois somente os patrícios detinham o poder e controlavam as instituições políticas, exercendo o governo em benefício próprio. Para os plebeus restavam apenas os deveres como pagar impostos e servir o exército.
O governo era partilhado por dois cônsules, auxiliados pelo Senado e pela Assembleia dos cidadãos, todos dominados pelos patrícios. As diferenças entre patrícios e plebeus aumentaram e houve lutas que duraram quase dois séculos, ao longo dos quais os plebeus foram conquistando alguns direitos, entre os quais o direito de eleger seus próprios representantes, os tribunos da plebe, que tinham o poder de vetar as decisões do Senado que fossem prejudiciais aos interesses dos plebeus.
Foi também um período de grande expansão territorial. Na sua expansão territorial, defrontaram-se com os interesses da cidade de Cartago, grande potência marítima, comercial e militar, que dominava todo o Mediterrâneo Ocidental. Os conflitos terminaram em um longo período de guerras conhecidas como Guerras Púnicas, que acabaram estabelecendo a supremacia romana no Mar Mediterrâneo. As sucessivas conquistas militares provocaram grandes transformações sociais, políticas, econômicas, políticas e culturais em Roma. Essas transformações acabaram desencadeando uma série de conflitos sociais principalmente devido à concentração, cada vez maior, de terras nas mãos dos patrícios.
Além dos conflitos sociais, colaboraram para a transição da República para o Império o enfraquecimento das instituições republicanas e o fortalecimento de líderes militares que ganharam popularidade com as vitórias nas guerras de conquista. Assim, diversos generais romanos sucederam-se no poder até a implantação definitiva do Império no que se chamou Triunvirato. Houve dois triunviratos. O primeiro foi formado por Pompeu, Crasso e Julio César e o segundo, por Marco Antônio, Otávio e Lépido. Otávio afastou Lépido, venceu Marco Antônio e concentrou em suas mãos todo o poder.
IMPÉRIO (27a.C. – 476d.C.) -  esse período compreendeu dois momentos: ALTO IMPÉRIO, período em que Roma alcançou grande esplendor e BAIXO IMPÉRIO, fase marcada por crises que conduziram à fragmentação do Império Romano.
No primeiro momento, Otávio (que recebeu o título de Augusto) reorganizou o território, acabando com a corrupção e a extorsão que haviam caracterizado a administração do período anterior. Verificou-se, então, certa prosperidade econômica e tranquilidade social que ficou conhecido como Paz Romana. Durante seu governo, nasceu Jesus Cristo (passamos a ter então o ano I da Era Cristã). De seus governo aos dois séculos que se seguiram, o Império Romano, por meio de conquistas militares, ampliou ainda mais seu território.
O segundo momento foi marcado por crises em diferentes setores da vida romana, que contribuíram para pôr fim ao grande império. Uma das principais crises estava relacionada à produção agrícola, cuja principal mão de obra era a escrava. Ao mesmo tempo, um grande número de pessoas começou a deixar as cidades em direção ao campo, provocando a diminuição do comércio e da produção artesanal. Arrecadando menos impostos por causa da diminuição das atividades produtivas, o governo romano começou a enfraquecer e as enormes fronteiras já não tinham como ser vigiadas contra a invasão de povos inimigos.
A divisão do Império – em 395, o imperador Teodósio dividiu o Império em duas partes: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma e Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla. Ele acreditava que assim seria mais fácil proteger as fronteiras contra os ataques dos bárbaros (todos aqueles povos que moravam fora das fronteiras do Império com costumes diferentes e língua não latina). Tal medida não produziu o efeito desejado, pois diversos povos passaram a ocupar o território romano, no lado ocidental. O último imperador romano foi deposto no ano de 476. Outras circunstâncias também foram determinantes para o fim do Império Romano do Ocidente, tais como: elevados gastos com a estrutura administrativa e militar, aumento dos impostos dos cidadãos e tributos dos vencidos, corrupção política, difusão do cristianismo, entre outras.
Os romanos destacaram-se nas táticas e nas estratégias militares; foram criativos na administração pública. Porém, sua maior contribuição para o mundo ocidental contemporâneo foi o Direito e o latim, que é a base de várias línguas europeias, inclusive do português.

IMPÉRIO ROMANO DO ORIENTE OU IMPÉRIO BIZANTINO – surgiu da divisão proposta pelo imperador Teodósio, em 395. A sede do Império era a cidade de Constantinopla (antiga Bizâncio), que desempenhou papel de ponte de ligação entre a Europa e a Ásia.
Um dos maiores imperadores bizantinos foi Justiniano, que realizou importante obra administrativa, revisou o antigo direito romano, o que deu origem ao Código de Justiniano (extensa obra constituída de leis, decretos, normas e códigos, que serviu de base para a legislação de muitos países ocidentais). Justiniano e seus sucessores utilizaram a religião para firmar a unidade política e religiosa do Império. Essa união de poderes (estatal e religioso) chamou-se Cesaropapismo, ou seja, o comando simultâneo do Estado e da Igreja pelo imperador. Essa situação gerou uma série de conflitos entre o imperador e o papa do Oriente originando, em 1054, no Grande Cisma do Oriente quando o mundo cristão dividiu-se em duas grandes Igrejas: Igreja Católica do Oriente ou Igreja Ortodoxa e Igreja católica do Ocidente, com sede em Roma.
A tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos em 1453, marcou o fim do Império Bizantino e também da Idade Média.

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